Financiamento federal fora liberado pelo presidente Barack Obama.
Veja infográfico sobre o que as células-tronco podem e não podem fazer.
A Justiça americana decidiu nesta segunda-feira (23) deter o financiamento federal - autorizado pelo presidente Barack Obama - para a pesquisa com células-tronco embrionárias, ao considerar que envolve a destruição de embriões humanos.
Um juiz dos EUA concedeu liminar contra o uso de verbas públicas federais para os estudos. O governo Obama pode recorrer da decisão, ou rever suas diretrizes.
Pesquisadores solicitaram a liminar em junho, alegando que a pesquisa contraria a lei por envolver a destruição dos embriões. Em sua decisão de 15 páginas, o juiz Royce Lamberth concordou que a prática é "claramente uma pesquisa em que um embrião é destruído".
O Departamento de Justiça ainda não se pronunciou.
Alguns grupos cristãos contrários à pesquisa com embriões apoiaram a ação judicial, movida por cientistas que tentam desenvolver células-tronco a partir de organismos adultos.
Em março, Obama cancelou uma proibição para a pesquisa com células-tronco embrionárias, citando os potenciais avanços médicos e uma nova era para a ciência americana, desprovida de ideologia política.
A ordem executiva emitida pelo presidente reverteu uma proibição de seu antecessor, George W. Bush, que tinha sido criticada por dificultar a descoberta de novos tratamentos para doenças graves, como Alzheimer, Parkinson e diabetes.
No Brasil, as pesquisas com células-tronco de embriões humanos foram consideradas constitucionais pelo Supremo Tribunal Federal em 29 de maio de 2008.
Com informações da France Presse e da Reuters