quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Justiça dos EUA barra fundos para estudo com célula-tronco embrionária

Financiamento federal fora liberado pelo presidente Barack Obama.
Veja infográfico sobre o que as células-tronco podem e não podem fazer.

A Justiça americana decidiu nesta segunda-feira (23) deter o financiamento federal - autorizado pelo presidente Barack Obama - para a pesquisa com células-tronco embrionárias, ao considerar que envolve a destruição de embriões humanos.
Um juiz dos EUA concedeu liminar contra o uso de verbas públicas federais para os estudos. O governo Obama pode recorrer da decisão, ou rever suas diretrizes.
Pesquisadores solicitaram a liminar em junho, alegando que a pesquisa contraria a lei por envolver a destruição dos embriões. Em sua decisão de 15 páginas, o juiz Royce Lamberth concordou que a prática é "claramente uma pesquisa em que um embrião é destruído".
O Departamento de Justiça ainda não se pronunciou.
Alguns grupos cristãos contrários à pesquisa com embriões apoiaram a ação judicial, movida por cientistas que tentam desenvolver células-tronco a partir de organismos adultos.
Em março, Obama cancelou uma proibição para a pesquisa com células-tronco embrionárias, citando os potenciais avanços médicos e uma nova era para a ciência americana, desprovida de ideologia política.
A ordem executiva emitida pelo presidente reverteu uma proibição de seu antecessor, George W. Bush, que tinha sido criticada por dificultar a descoberta de novos tratamentos para doenças graves, como Alzheimer, Parkinson e diabetes.
No Brasil, as pesquisas com células-tronco de embriões humanos foram consideradas constitucionais pelo Supremo Tribunal Federal em 29 de maio de 2008.

Com informações da France Presse e da Reuters

Teste brasileiro que recupera lesão medular busca patrocínio

A descoberta de que a proteína laminina ajuda na regeneração de neurônios em ratos teve pedido de patente registrado no Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual). Esse registro, porém, só é reconhecido no exterior até janeiro de 2011. A partir daí, é preciso entrar com registro em cada país individualmente. Como o processo é caro, o grupo de pesquisa da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), responsável pela descoberta, procura patrocinador.

É possível que a pesquisa clínica (em humanos) seja bancada por um hospital privado do Rio, cujo nome é ainda mantido em sigilo.
Em 2004, um estudo internacional já tinha usado a laminina em testes semelhantes, mas sem resultados. A inovação trazida pelo Laboratório de Biologia da Matriz Extracelular da UFRJ foi a diluição da proteína em pH ácido, o que levou as moléculas a se conectarem de forma diferente. "Como o entorno da célula tem pH ácido, provavelmente o polímero que existe no corpo é esse", diz Karla Menezes.
Enquanto o patrocínio para testes clínicos não vem, o grupo prepara uma pesquisa para avaliar a toxicidade da laminina em cachorros. O teste será conduzido com animais que tiveram a lesão há mais tempo.
Se esses testes também apresentarem melhora, pode ser um sinal de que a proteína poderá ser útil também para o tratamento de casos crônicos.

Proteína recupera movimento de ratos com lesão medular

DENISE MENCHEN

DO RIO

Enquanto o mundo se debruça sobre o potencial das células-tronco para a recuperação de lesões medulares, um grupo de pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) obteve resultados promissores por meio do uso de polímeros de laminina, proteína encontrada em diferentes tecidos humanos e animais.
Testes realizados em laboratório mostraram que a substância foi capaz de promover a recuperação do movimento de ratos tratados logo após a lesão. Os resultados foram publicados na revista da Faseb (Federation os American Societies for Experimental Biology) em julho. A pesquisa clínica, em humanos, deve começar em cerca de um ano em um hospital privado do Rio - como as negociações ainda não estão concluídas, o nome é mantido em sigilo.
A pesquisadora Karla Menezes, que desenvolveu o projeto durante sua tese de mestrado em biologia celular, explica que a recuperação variou de acordo com a gravidade da lesão. Mas, tanto nos casos mais graves quanto nos mais leves, a melhora foi maior e mais rápida nos animais tratados com a proteína do que entre aqueles que não receberam tratamento - mesmo nesses casos, uma recuperação espontânea de parte dos movimentos é normal, segundo a orientadora da pesquisa, Tatiana Coelho-Sampaio.

LESÕES

Os ratos que foram submetidos a uma compressão da medula, lesão considerada leve, recuperaram quase que integralmente os movimentos após dois meses, obtendo em média nota 20,8 em uma escala internacional de avaliação que vai de 0 a 21. Os que não foram tratados ficaram com 19,1. No primeiro grupo, porém, a recuperação foi muito mais rápida: na segunda semana, eles já estavam com nota 17,4, contra apenas 13,1 dos que não receberam tratamento.
No caso da lesão mais severa, com o rompimento total da medula, a diferença foi ainda maior. Aqueles que não receberam nenhum tipo de tratamento obtiveram nota 4,2 após dois meses, enquanto os que receberam a injeção de laminina ficaram com 13.
Vídeo gravado pelos pesquisadores mostra o que a diferença de quase nove pontos significa na prática - enquanto o rato que não recebeu tratamento não consegue sustentar a parte posterior do corpo e quase não mexe as patas traseiras e o rabo, o que foi tratado se movimenta com rapidez, mexendo as quatro patas e o rabo, ainda que com alguns problemas de coordenação e equilíbrio.
"Os resultados são melhores do que os obtidos pela Geron", diz Coelho-Sampaio, referindo-se à empresa americana que recebeu no fim de julho autorização para conduzir os primeiros testes com células-tronco embrionárias em humanos. Outra vantagem, diz, é que a técnica é barata e, pelo que já foi possível verificar, não oferece risco de formação de tumores.

PROPRIEDADES PROTEICAS

O bom desempenho, segundo ela, pode ser atribuído a diferentes propriedades do polímero de laminina - nos testes, foram usadas proteínas retiradas da placenta humana e de tumores malignos de ratos. A pesquisa revelou que a proteína mostrou-se capaz de reduzir a inflamação, promover a regeneração dos neurônios e reduzir a formação de cicatrizes após a lesão, facilitando a transmissão dos impulsos elétricos.
A substância começou a ter sua aplicação em casos de lesão medular pesquisada devido a indícios de que ela induz o crescimento dos neurônios em pelo menos duas situações - na fase embrionária, quando uma espécie de "tubo de laminina" guia a formação do sistema nervoso central, e já na fase extrauterina, quando um tubo semelhante ajuda na recuperação de nervos lesionados.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

1º Simpósio de Reabilitação Física da UNESP Botucatu


O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina através do Serviço de Reabilitação Física realizará o I Simpósio de Reabilitação Física com objetivo de promover encontro de profissionais da saúde para atualização em temas de Reabilitação Física Geral Adulto e Infantil:

- Reabilitação em pneumologia: Transplante Pulmonar, Pressão inspiratória em neonatos, Insuficiência Respiratória Aguda.

- Reabilitação em neurologia e ortopédica: Neuroplasticidade, Integração Sensorial, Abordagens em Terapia Infantil: Conceito Bobath, Integração Sensorial e Suit Therapy , Bloqueio químico neuromuscular, Lesão medular traumática, Acidente Vascular Encefálico (AVE), Atendimento hospitalar em AVE agudo, Atendimento ambulatorial em AVE.

- Reabilitação Ortopédica: Cirurgias ortopédicas em joelho, Reabilitação em pós-operatória de cirurgia de LCA, Escoliose: Tratamento conservador e cirúrgico, Reabilitação na escoliose, Cirurgia de transferência tendínea em lesão dos nervos ulnar e mediano, Tratamento pré e pós operatório na transferência tendínea em lesão dos nervos ulnar e mediano.

- Reabilitação em Idosos: Envelhecimento, Incontinência urinária em idosos, Atividade física em idosos

PROGRAMAÇÃO DO I Simpósio de Reabilitação

Dia 10 de Setembro - Sexta-feira - Salão Nobre da Faculdade de Medicina

09horas - Exposição dos trabalhos enviados pelos participantes.
19horas - Entrega de Material
20horas - Abertura Oficial
20h30min - Palestra "História da Reabilitação"
Profª. Regina Helena Morganti F. Chueire
Departamento de Ortopedia e Traumatologia da FAMERP
21horas - Palestra "Músculos Respiratórios"
Ft. MSc Maria Ines Feltrim
Fisioteraputa Mestra do HC da FMUSP
11 de Setembro de de 2010 - Sabado
08horas - Palestra "Transplante Pulmonar"
 Ft. MSc Maria Ines Feltrim
 Fisioteraputa Mestra do HC da FMUSP
08h20min - Palestra " Pressão inspiratória em neonatos"
Ft. Drª Leticia Cláudia de O Antunes
Fisioterapeuta do HC da Faculdade de Medicina de Botucatu
08h35min - Palestra "Insuficiência Respiratória Aguda"
Prof. Dr. José Roberto Fioretto
Docente do Depto. de Pediatria da Faculdade de Medicina de Botucatu
09horas - Perguntas
09h15min - Palestra "Neuroplasticidade"
Profª Drª Niura Aparecida de Moura Ribeiro Padula
Docente do Depto de Neurologia e Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Botucatu
09h30min - Palestra "Integração Sensorial"
TO Ms Sandra Volpi
Chefe da Seção Téc. de Reabilitação do HC/FMB
09h45min - Palestra "Abordagens em Terapia Infantil: Conceito Bobath,
Integração Sensorial e Suit Therapy
Fisioterapeuta Leonardo Cervera
Fisioterapeuta da Clinica Morumbi - SP
10h15min - Perguntas
10h30min - Coffee
10h45min - Palestra "Bloqueio Químico Neuromuscular
Profª. Regina Helena Morganti F. Chueire
Departamento de Ortopedia e Traumatologia da FAMERP
11h15min - Palestra "Lesão Medular Traumática"
Prof. Dr. Mauro dos Santos Volpi
Docente do Depto de Cirurgia e Ortopedia da Faculdade de Medicina de Botucatu
11h30min - Palestra "Acidente Vascular Encefálico"
Prof. Dr Carlos Clayton Macedo de Freitas
Docente do Depto de Neurologia e Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Botucatu
11h45min - Palestra "Atendimento Hopsitalar em AVE Agudo"
Fisioterapeuta Moisés Teixeira Sobrinho
Fisioterapeuta do Hospital das Clínicas/FMB
12horas - Palestra "Atendimento Ambulatorial em AVE"
Fisioterapeuta Gustavo José Luvizutto
Fisioterapeuta do Hospital das Clínicas/FMB
12h15min - Perguntas
12h30min - Almoço
13h30min - Palestra "Cirurgias Ortopédicas em Joelhos"
Prof. Dr. Paulo Roberto de Almeida Silvares
Docente do Depto de Cirurgia e Ortopedia da Faculdade de Medicina de Botucatu
13h45min - Palestra "Reabilitação em Pós-Operatório de Cirurgia de LCA"
Fisioterapeuta Mestre Gabriel Guirado
Fisioterapeuta do Hospital das Clínicas/FMB
14horas - Palestra " Esclerose: Tratamento conservador e cirúrgico"
Prof. Dr. Mauro dos Santos Volpi
Docente do Depto de Cirurgia e Ortopedia da Faculdade de Medicina de Botucatu
14h15min - Palestra "Reabilitação na Escoliose"
Ft. Drª Monica Orsi Gameiro
Fisioterapeuta do Hospital das Clínicas/FMB
14h30min - Palestra "Cirurgia de Transferencia Tendínea em lesão dos nervos Ulnar e Mediano
Prof Dr Trajano Sardenberg
Docente do Depto de Cirurgia e Ortopedia da Faculdade de Medicina de Botucatu
14h45min - Palestra "Tratamento pré e pós operatório na transferência
tendínea em lesão dos nervos Ulnar e Mediano"
TO Lucia Helena S Camargo Mariano
Membro do Instituto Lauro de Souza Lima
15h15min - Perguntas
15h30min - Coffee
16horas - Palestra "Envelhecimento"
Prof. Dr. Paulo José Fortes Vilas Boas
Docente do Depto de Clínica Médicia de Faculdade de Medicina de Botucatu
16h30min - Palestra "Incontinencia urinária em Idosos"
Ft. Drª Monica Orsi Gameiro
Fisioterapeuta do Hospital das Clínicas/FMB
17horas - Palestra "Atividade física em Idosos"
Ft Drª Ruth Caldeira de Melo
Professora da Universidade de São Paulo
17h30min - Premiação do melhor tema
17h45min - Encerramento

Biga


Biga, um triciclo sensacional que foi projetado com muita criatividade para melhorar a qualidade de vida de pessoas portadoras de necessidades especiais. Com o Biga pessoas com cadeira de rodas podem ter maior liberdade de locomoção do que em um veículo adaptado, pois tem as vantagens de não apresentar as dificuldades na entrada e saída do carro. O biga é um triciclo motorizado de três rodas com uma roda na dianteira e duas traseiras, dotado de todos os sistemas necessários para locomoção como sistema de freio, sinalização, iluminação, suspensão, e os demais que são exigidos por lei. A roda do motor é a dianteira, assim a parte de trás ficou toda para a rampa articulada que fica entre as duas rodas traseiras, bem próxima ao solo. Ao subir na rampa, o cadeirante fica firme no lugar graças ao peso da cadeira e dispositivos de aperto rápido. Na frente da cadeira de rodas existe um guidão, do mesmo tipo usado em motocicletas, com todos os comandos necessários para a dirigibilidade do triciclo. O banco do triciclo é sua própria cadeira de rodas. Quando acabar o passeio é só sair da mesma forma, sem qualquer necessidade de ajuda.
Segundo o seu autor, o projeto do triciclo para PNEs utiliza conhecimentos tecnológicos da Área de Mecânica Automotiva, Mecânica de Motocicleta, Mecânica Geral (Tornearia e Ajustagem), Soldas e Conhecimentos de Física (Resistência de Materiais).

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Reflita

Vivemos em um mundo cheio de diferenças, onde a injustiça parece reinar. Basta ligar a TV para sabermos das desgraças que acontecem no mundo, mortes, desastres naturais, acidentes, suicídios, abortos... crimes banais, pessoas passando fome, jovens se drogando, prostituição... Se você pensa que isso não acontece na sua rua, esperimente olhar com mais atenção o outro lado da rua, ou apenas abra os olhos, saia da escuridão. A sua indiferença o torna cego para os problemas da sociedade, do mundo à sua volta. Você se esconde no seu submundo, tentando achar uma saída, mas não encontra. No fim você acabará em quarto escuro sem janelas, com medo de espiar pela fechadura ou abrir a porta para que um raio de luz entrar e começar a fazer a mudança.
Se você olhar para dentro de si, verás que pode muito mais do pensa, você pode mudar o mundo começando por você. Não é tão difícil ajudar alguém. Ajude aquela senhora, sim, aquela senhora com cabelos brancos, que utiliza uma bengala para se apoiar e está parada no sinal, ajude-a à atravessar a rua. Aquele Cadeirante que está tentando subir uma calçada onde não tem guia rebaixada, aproxime-se, sem medo, e pergunte se você pode ajudá-lo. Só não espresse sentimento de "pena" por ele, apenas respeito. Diga bom diapro seu vizinho, sim, aquele vizinho que você considera um chato, mas nunca lhe dirigiu a palavra, quem sabe com um BOM DIA, você mude sua opinião sobre ele.
Não condene aquele 'maltrapilho' que passa na sua rua todo dia, os problemas dele podem ser maiores que o seu, procure saber como você pode ajudá-lo, quem sabe ele só precise se alguém que lhe indique um caminho. Não brigue com aquele garotinho que joga bola na frente sua casa, afinal ele está sozinho não é mesmo?! o que ele quer, é alguém que possa brincar com ele ou apenas um pouco de atenção.


Vou deixar aqui uma música pra você ouvir. Ouça, preste atenção em cada letra que a compõe. E depois diga a você mesmo, sim, eu posso fazer a diferença.


terça-feira, 10 de agosto de 2010

Esperança para lesões na medula

Pesquisadores da UFRJ conseguem devolver movimentos a ratos paraplégicos com injeção de proteína extraída de placenta humana

Uma proteína presente em diferentes tecidos do corpo humano, entre eles a placenta, pode representar uma nova perspectiva para pacientes com lesões medulares. Pesquisadores do Instituto de Ci ên cias Biomédicas da Univer si da de Fe deral do Rio de Janeiro (UFRJ) con seguiram devolver mo vi men tos a ratos paraplégicos a par tir da injeção de laminina polimerizada diretamente na medula es pinhal. A proteína mostrou ter ação anti-inflamatória e regenerativa.

A descoberta representa uma nova esperança no tratamento de lesões medulares, já que hoje não existe nenhum tratamento capaz de restaurar as conexões neuronais entre o cérebro e a medula em casos de lesão. De acordo com a pesquisadora Karla Menezes, do laboratório de biologia da matriz extracelular, onde foi conduzido o estudo, a laminina é encontrada na parte externa das células e tem, entre outras coisas, a função de induzir o crescimento neuronal. “Não sabemos ao certo porque, mas uma pessoa que sofre lesão na medula tem a produção dessa proteína prejudicada”, explica. O que fizeram os pesquisadores foi criar em laboratório polímeros (cadeias) da proteína em solução ácida. Eles descobriram que o pH ácido estabiliza a polimerização da laminina, fazendo com que as moléculas formem uma rede. A laminina polimerizada foi então injetada na me dula espinhal das cobaias que haviam sido submetidas a lesões de diferentes graus. Os resultados impressionam. Após al gumas se ma nas, os ratos com le sões leves ob tiveram uma me lhora equivalente à de uma pessoa sair da cadeira de rodas para caminhar com ben galas. Nos casos de lesões graves, também percebeu-se maior controle sobre os membros no que diz respeito a força, equilíbrio e mo vimentos. Para o estudo, as in jeções na medula espinhal fo ram feitas entre 30 minutos e dez dias depois da ocorrência da lesão. “É um tratamento para lesões agudas. Para pacientes que já têm a le são há algum tempo ainda não sabemos se os efeitos são os mesmos.”

Segundo a pesquisadora, as lesões na medula normalmente geram uma resposta inflamatória exagerada do organismo. Após a lesão, há o comprometimento dos axônios – fios elétricos presos aos neurônios que conduzem as informações do cérebro para o resto do corpo. O que a terapia com a laminina é capaz de fazer é diminuir a inflamação e preservar os axônios da degeneração, estimulando a sua regeneração.

Para ela, a descoberta representa uma nova perspectiva. “É uma alternativa de tratamento a partir de uma proteína existente no próprio corpo, que já foi testada em tratamentos para outros tipos de lesões, como lesões cutâneas por exemplo, e não oferece rejeição, não é tóxica e tem riscos mínimos para o paciente”, afirma. Além disso, o processo de polimerização em laboratório teria um custo aproximado de apenas US$ 100.

O próximo passo será tratar animais de maior porte, como cachorros. Além disso, os pesquisadores já submeteram o pedido de autorização para estudo clínico ao Comi tê Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e esperam que até o fim do ano possam iniciar os testes com pa cientes humanos. “A ideia é dar continuidade às pesquisas e tentar combinar o tratamento com outras terapias envolvendo células-tronco.”

EUA autorizam teste com células-tronco embrionárias em pacientes

Liberação veio da Agência de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos.
Método para o emprego das células é do grupo Geron Corporation.


A Agência de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) anunciou nesta sexta-feira (30) que irá liberar o uso de células-tronco embrionárias para uma primeira aplicação em humanos.
É a primeira vez que um órgão oficial libera o emprego de células-tronco em humanos. O método, conhecido como GRNOPC1 e desenvolvido pelo grupo Geron Corporation, será voltado para o tratamento de pacientes com lesões na medula espinhal.
A FDA havia concedido a autorização para a mesma pesquisa em janeiro de 2009, mas colocou a decisão em suspensão no mês de agosto do ano passado após a descoberta de cistos em ratos de laboratório que haviam recebido células-tronco pelo método GRNOPC1.
O grupo Geron precisou desenvolver outro estudo com ratos para apresentar uma nova forma de identificar a "pureza" das células. A companhia planeja monitorar os pacientes durante 15 anos e argumenta que cistos na medula espinhal podem aparecer mesmo sem a administração de células-tronco.
Células-tronco embrionárias são conhecidas como pluripotentes por poderem gerar qualquer tipo de célula no corpo. Os cientistas têm como objetivo desenvolvê-las e aplicá-las na restauração de tecidos e órgãos em medicina.
Outro grupo de pesquisas com células-tronco, o Advanced Cell Technology, também busca autorização da FDA para realizar testes em humanos desde novembro de 2009. A empresa espera uma resposta da agência federal norte-americana dentro dos próximos 30 dias.

ESTADO DA BAHIA AVANÇA NAS PESQUISAS DE CÉLULAS-TRONCO

Nas próximas semanas, a ciência da Bahia dá um passo importante para a consolidação das terapias com células-tronco. Pesquisadores do Centro de Biotecnologia e Terapias Celulares (CBTC) do Hospital São Rafael, em Salvador, vão realizar os primeiros testes em humanos de um tratamento para recuperação dos movimentos de pacientes paraplégicos.

As experiências iniciais realizadas em cães e gatos apresentaram bons resultados. Segundo a pesquisadora Milena Soares, que coordena o trabalho, a terapia foi usada em dez animais que haviam sofrido quedas ou atropelamentos e perdido parte dos movimentos. As células-tronco foram retiradas dos próprios animais, cultivadas durante quatro semanas em laboratório e depois injetadas nos locais lesionados.

“Esses animais tiveram melhora em termos de ganho de movimentação dos membros, função urinária e sensibilidade. Com base nesses resultados, nós tivemos aprovado na Comissão Nacional de Ética e Pesquisa (Conep) um estudo clínico que será iniciado semana que vem em 20 pacientes com paraplegia. Depois eles vão passar por um período de fisioterapia e esperamos que melhorem como os animais”, explica a pesquisadora.

Se tudo correr bem e os resultados forem os esperados, os testes serão ampliados até que o procedimento possa ser adotado como um tratamento médico. A fase inicial da pesquisa vai durar no mínimo dois anos; com base no que for observado, serão feitas novas análises, até a liberação.

“Podemos calcular entre quatro e cinco anos para que o processo seja concluído. Obviamente que, como qualquer terapia, ela vai passar por ajustes e aprimoramentos para que se tenha o melhor efeito terapêutico. Vamos avaliar o número de administrações de células-tronco e a dose que precisa ser aplicada em cada tipo de lesão, para que se tenha o melhor resultado terapêutico possível”, afirma Soares.

Bahia é pioneira nas pesquisas

A Bahia é pioneira em pesquisas com células-tronco e o CBTC o melhor centro de estudos desse tipo de tratamento na América Latina. As pesquisas são financiadas, em parceria, pelo próprio Hospital, Governo do Estado, Ministério da Saúde, Fiocruz e CNPQ.

Um dos destaques do CBTC é a sala de cultivo de células humanas. Inaugurado recentemente, é o primeiro no Brasil a realizar o trabalho de cultivar as células-tronco que serão usadas nas pesquisas com humanos. O centro também ganhou, com apoio da Fapesb, um biotério. O espaço serve para a criação e manipulação das cobaias usadas na fase pré-clínica das pesquisas.

O pesquisador Ricardo Ribeiro, que é o coordenador nacional das pesquisas com células-tronco para tratamento de Doença de Chagas, explica que “o Conep, antes de liberar as experiências com humanos, exige a realização de testes com animais, para mostrar que o procedimento é eficaz e não tem riscos. Para isso nós conseguimos, com o apoio da Fapesb, esse biotério que pode ser usado em ambiente hospitalar”.

Segundo Ribeiro, com a estrutura que tem hoje “a Bahia está na fronteira das pesquisas em terapia celular. Quando pesquisadores do exterior e do Sul do país chegam aqui no CBTC eles tomam um susto, não acreditam que temos um laboratório tão avançado na Bahia. A gente está na frente. O centro foi implantado antes e já fornece até material para os estudos deles. Isso é a Bahia”.

Para o diretor de Inovação da Fundação de Amparo a Pesquisa da Bahia (Fapesb), Elias Ramos de Souza, o apoio a projetos considerados estruturantes na área da ciência e tecnologia é uma prioridade do Governo do Estado. “As pesquisas em terapia celular, que prometem uma aplicação imediata, é um desses projetos que nós apoiamos em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP)”.

O que são as células-tronco

As células-tronco são células que têm a capacidade de se multiplicar e de se transformar em outros tipos de células do corpo humano. Nos últimos anos, cientistas de todo o mundo têm aproveitado essa característica e usado as células-tronco no tratamento de diversas doenças.

O procedimento consiste, em resumo, na retirada dessas células da medula óssea, aquela região esponjosa que existe dentro do osso e que é rica em células-tronco. O líquido coletado é separado em seus diversos constituintes, de modo a se obter uma fração concentrada de células-tronco. Elas são então injetadas nos locais lesionados e passam a se multiplicar, transformando-se em células sadias que substituem as doentes.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Redescobrindo a Vida

Depois de receber uma segunda chance, descobrimos que é preciso apreciar as coisas simples da vida, observar os detalhes, se preocupar apenas com o que é mais importante: VIVER!
Sair de casa num lindo domingo de verão, aproveitar o dia ao máximo e, de repente, sem saber o que aconteceu de fato, você acorda em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Você mal consegue abrir os olhos e, vê ao seu lado um frasco de Soro e duas “bolsas” de sangue, ambas ligadas em seu braço. Depois de relatarem a você o que aconteceu, sente-se bem por estar vivo (a), e o mais importante, esquecem de te falar: “você teve uma lesão medular e está paraplégica”, que você passará parte da sua vida ou toda ela dependendo de uma cadeira de rodas para se locomover. Passam-se mais alguns dias no hospital e as horas que faltam pra você voltar pra casa parecem durar uma eternidade.
A partir desse momento você começa a assimilar que as coisas são bem mais complexas do que imagina. Que passar 24 horas do seu dia em uma cama seria insuportável, que depender de alguém pra ajudar você a fazer tudo - tudo mesmo - é constrangedor e muitas vezes irritante, que ter que acordar várias vezes durante a noite para tomar remédio é cansativo, e que, não conseguir dormir durante a noite dá vontade de chorar, que ver seu irmão ou irmã dormir no lado de sua cama é um gesto de amor, que você se irrita fácil com certas situações e tantas outras coisas que depois de um tempo você percebe que de certo modo elas fizeram você amadurecer.
E a vida continua, mesmo em uma cadeira de rodas você precisa viver a sua vida, não pode simplesmente deixá-la de lado. Tudo bem que sair de casa agora se tornou mais complicado pra você, mas não impossível. Convide seus amigos, saia pra balada, não interessa se a festa é no segundo andar e só tem escadas, vocês com certeza arrumam um jeitinho pra subir. Mostre para as pessoas que pensam que sua vida acabou, que ela se tornou mais interessante agora, pois você sabe que ao seu lado estão seus verdadeiros amigos e que você tem muita sede de viver, de enfrentar os obstáculos, de desafiar as situações adversas. Jamais desista dos seus sonhos, trace-os novamente e busque alcançá-los de cabeça erguida, mesmo que centenas de pessoas digam que você jamais conseguirá realizá-los. Ignore esses pensamentos negativos, pois você é capaz.
Para sua surpresa, certas pessoas, tornam-se suas amigas, admiram você, ajudam você e, quem sabe, até apaixonem-se por você.
Sorria, sonhe, grite e cante bem alto pra todo mundo ouvir que você é feliz e que você pode sim fazer o que deseja. Namore muito, cuide do seu corpo, da sua saúde, do seu intelecto, seja vaidoso (a), continue lutando pelo seu espaço, ame e seja amado (a). Seja feliz acima de tudo, siga seu caminho, pois o que é seu ninguém tira e Deus com certeza está contigo sempre.

(Larissa Z.)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Cientistas criam fios vivos, feitos com células-tronco

Redação do Site Inovação Tecnológica - 27/07/2010

Fios vivos

Cientistas da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, criaram longos fios formados pela junção sequencial de células-tronco vivas e ativas.

Segundo os pesquisadores, estes fios celulares vivos podem se tornar uma ferramenta importante para tratamentos médicos, como ajudar a reparar o tecido do coração e da medula espinhal, e para o desenvolvimento de músculos artificiais.

As células utilizadas como base de sustentação são peptídeos, que se solidificam quanto entram em contato com água salgada, formando um gel que lembra um macarrão instantâneo, atingindo dimensões macroscópicas, visíveis a olho nu.

Quanto integradas com as células-tronco, as nanofibras podem ser injetadas no corpo com uma seringa. Depositadas em uma área onde o tecido foi danificado, as nanofibras ativam processos biológicos que levam à recuperação do tecido.

Nanofibras

Para construir os filamentos, a equipe de Stupp usou uma solução de peptídeos anfifílicos, conhecidos por sua tendência em se auto-organizarem em feixes de nanofibras, que foi aquecida para gerar um cristal líquido.

A solução foi então forçada através de uma pipeta em água salgada contendo cloreto de sódio (NaCl) ou cloreto de cálcio (CaCl2).

Os filamentos, que não são tóxicos, podem ser enrolados, dobrados ou amarrados, e podem ser fabricados em diversos diâmetros, apenas variando o diâmetro da pipeta.

A seguir, os filamentos foram "preenchidos", ou integrados com células-tronco, que passaram a se desenvolver no interior da estrutura filamentosa, seguindo a orientação do fio.

Fios de vida

Em uma demonstração surpreendente do que a nanotecnologia pode fazer em termos de medicina regenerativa, camundongos de laboratório paralisados por lesões na medula espinhal recuperaram a habilidade de usar suas patas traseiras seis semanas depois de receberem o nanomaterial.

Os nanofios também foram utilizados para cultivar músculos cardíacos in vitro, mostrando-se eletricamente ativos 10 dias depois do implante dos fios celulares.

"Injetando as moléculas que nós projetamos para se auto-organizarem em nanoestruturas no tecido espinhal, conseguimos recuperar rapidamente os neurônios danificados," disse Stupp.

"Os nanofios são a chave não apenas para prevenir a formação de tecido cicatricial prejudicial, que inibe a cura da medula espinhal, mas também para estimular o corpo na regeneração de células perdidas ou danificadas," explica o cientista.


Adriano Valim Reis
Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Faculdade de Engenharia Química - FEQ
Av. Albert Einstein, 500
Campinas - Brasil