domingo, 27 de junho de 2010

Tente não se emocionar...

Vídeo emocionante que mostra o esforço de um pai para realizar o desejo de seu filho. "A maior vitória não é chegar em primeiro lugar e sim completar a prova!"


segunda-feira, 21 de junho de 2010

Passe Livre

Galerinha, mais informações que nos benificiam e que muita gente ainda não sabe. Existe o PASSA LIVRE INTERESTADUAL - Pessoas Carentes e Portadores de Deficiência. Você poderá viajar de um estado para o outro sem pagar nada Isso é Lei (Lei 8.899 de 29/06/1994. Decreto 3.691 de 19/12/2000), pode acessar o site do Ministério dos Transportes e imprimir seu requerimento. Agora também temos aqui no Paraná o PASSA LIVRE INTERMUNICIPAL - Pessoas Carentes com Deficiêcia (Lei 13.456 , de 11/01/2002. – Decretos 4742 , de 15/05/2009 e 6179/2010). Válido somente para viagens de um município para o outro dentro do Estado do Paraná. Acesse o site www.codic.pr.gov.br, imprima seu requerimento, siga os devidos procedimentos e BOA VIAGEM!!! Se você não é do Paraná, procure a Secretaria de Transporte do seu estado.


Curitiba ganha Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência


O prefeito Beto Richa e o vice Luciano Ducci criaram nesta segunda-feira (29) a Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência, nova área da administração municipal que vai articular as ações deste setor entre todas as secretarias municipais e outras esferas de governo, e formar parcerias com a iniciativa privada e organizações não-governamentais.

"No dia em que Curitiba comemora seu aniversário de 317 anos resgatamos a dívida que a cidade ainda tinha com essa parcela importante de seus moradores, criando uma secretaria que vai encaminhar soluções para as maiores dificuldades das pessoas com deficiência", disse o prefeito.

>> Curitiba dobra índice de acessibilidade no transporte

Cerca de 15% da população brasileira têm alguma deficiência física, auditiva, visual ou intelectual, segundo dados do IBGE e Ministério da Saúde. Em Curitiba, são quase 300 mil pessoas com deficiências motoras ou mentais - o equivalente à população inteira de uma cidade de grande porte, como Ponta Grossa e Maringá.

O prefeito Beto Richa lembrou que, no início de sua gestão, em 2005, criou a assessoria especial da pessoa com deficiência, que colaborou no planejamento das ações municipais. "Agora tenho o orgulho de anunciar a criação da secretaria como meu último ato administrativo à frente da Prefeitura de Curitiba", afirmou ele. O nome do secretário responsável pela nova pasta será escolhido e anunciado até o fim da semana.

Estiveram presentes os vereadores Julieta Reis, Felipe Braga Cortes, Zé Maria e Caíque Ferrante, o deputado federal Alfredo Kaefer, o senador Flávio Arns, a presidente da FAS, Fernanda Richa, e secretários municipais. O projeto da lei que propôs a criação da secretaria é de autoria do vereador Zé Maria.

Sites - Richa destacou algumas ações que o Município já desenvolve no setor e que são exemplo nacional, como a acessibilidade no transporte coletivo, que tem 86% dos ônibus equipados para atendimento a pessoas com dificuldade de locomoção, e trabalha com a meta de acessibilidade em 100% do sistema.

Curitiba conta ainda com um serviço pioneiro no país - linhas de ônibus destinadas ao atendimento de portadores de deficiência, com o único terminal de transporte também exclusivo para deficientes no país. É o Sistema Integrado de Transporte para o Ensino Especial (Sites) que oferece 50 ônibus e atende 2,3 mil alunos de 35 escolas especiais. As linhas fazem trajetos que permitem, se necessário, buscar e deixar o aluno em casa, sem que ele tenha que se deslocar até o terminal.

Ação Social - Na área da assistência social, as ações são concentradas no programa Amigo Curitibano - com atendimento especial de saúde, capacitação profissional, esporte, lazer e educação -, coordenado pela Fundação de Ação Social (FAS) em parceria com as demais secretarias municipais, e acompanhadas pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

O presidente do Conselho, Mauro Nardini, comemorou a criação da secretaria. "A iniciativa demonstra que o assunto é levado a sério pela Prefeitura de Curitiba", afirmou Nardini, que preside a Associação dos Deficientes Físicos do Paraná.

O assessor especial da Prefeitura de Curitiba para as pessoas com deficiência, Irajá de Brito Vaz, afirmou que a nova secretaria é um momento histórico para a cidade. "É a realização dos nossos sonhos e das nossas famílias, e a demonstração da sensibilidade da Prefeitura para nossas necessidades", disse ele.

O secretário municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Marcos Belisário, participou da solenidade e comentou a importância da criação da Secretaria curitibana. "Hoje alguns de nós pode dizer que não tem deficiência, mas um dia, no futuro, todos poderemos ter dificuldades de mobilidade, por isso promover e respeitar os direitos da pessoa com deficiência é um investimento em nós mesmos".

Ele disse que é necessária uma mudança de cultura das pessoas para essa nova mentalidade e citou como exemplo o respeito às vagas de estacionamento para idosos e deficientes em espaços públicos, como as ruas, e privados, como os shopping centers e supermercados. Em Curitiba, o estacionamento privativo está sendo fiscalizado pela Diretoria de Trânsito (Diretran) da Urbs em todos os locais da cidade.

Também foi anunciado na solenidade o projeto de identificar internamente todos os ônibus e táxis da cidade com plaquetas em braile, com o número do veículo, afixadas na frente dos assentos reservados para idosos, gestantes e portadores de deficiência, e nos bancos dos táxis. O projeto é de autoria do vereador Felipe Braga Cortes. (publicado em 29/03/2010 no site da Prefeitura Municipal de Curitiba)

domingo, 20 de junho de 2010

Cadeirantes também são torcedores


Estudantes cadeirantes de uma escola do Soweto fazem uma marcha para apoiar a seleção da África do Sul na Copa do Mundo. Como em toda manifestação da torcida do time da casa, não faltaram as vuvuzelas durante a marcha.(http://esportes.terra.com.br/futebol/copa/2010)

E pensar que, na cabeça de muita gente, cadeirantes não saem de casa. Sempre me pergunto - O que leva às pessoas a pensarem dessa forma? - Uma visão tão pequena, diante dos imensos prazeres que a vida nos proporciona. Ficar em casa por quê, se podemos sair por ai e festejar como os que se dizem "normais"? Tudo bem que, nem todos os lugares para onde vamos estejam adaptados, mas sempre achamos uma maneira de nos sentirmos comfortáveis, ainda mais se estamos na companhia dos "amigos de guerra".
Aproveite a Copa do Mundo, pegue sua bandeira, junte seus amigos e saia Rodando por ai.

sábado, 19 de junho de 2010

Uma breve história...


Um lindo domingo de verão, o dia estava perfeito. Sol, basquete de rua na praça, amigos, passeio de moto. Dia em que se completava exatamente doze anos da morte dos Mamonas Assassinas 02/03/2008 (lógico que soube desse detalhe um ano após o acontecido). Por volta das 18 horas e 30 minutos, descia a avenida calmamente com uma colega na garupa da moto, conversávamos enquanto uma leve brisa batia em nossos rostos, paramos no cruzamento e...
(sirene de ambulância, pessoas querendo saber do acontecido, policiais, o irmão...)
- Vanderlei, o que aconteceu?
- Calma Larissa, você caiu de moto e machucou sua perna. Já estamos levando você pro Hospital.
Ficaram algumas horas no pronto socorro do hospital da cidade, enquanto aguardavam liberação de leito em alguma UTI da região. Muitas dores e, quatro anjos tiveram a missão de mantê-la acordada.
Algumas horas depois na ambulância rumo a Francisco Beltrão:
- Tia, to com sede... - E apenas recebia um algodão umedecido para molhar os lábios.
- Pai, dói “às costas”.
- Larissa, acorda... a gente já está chegando. Ouvia a voz muito distante da enfermeira Mariana pedindo para que ficasse acordada.
- Pai, to com sede, muita sede!
- Calma filha, já estamos chegando no hospital.
Assim que chegaram ao hospital, desentendimento com o diretor, pois ele não queria atendê-los, porém mantiveram a jovem na maca em uma sala de espera até o dia seguinte quando por um milagre divino surgiu uma vaga de UTI em Pato Branco. Antes de sair para Pato Branco, um grande amigo foi vê-la, a jovem sentiu-se muito feliz e confortada, pois era (ainda é) um amigo muito querido.
Mais alguns quilômetros de estrada, até a chegar ao próximo hospital. Lembra-se apenas de seu pai junto a sua cama, com os olhos cheios de lágrimas dizendo que ela ficaria bem. De acordar uma ou duas vezes e ver duas bolsas de sangue e um frasco de soro ligados as suas veias.
Sete dias depois, acorda em um leito d CTI do hospital São Lucas, um pouco assustada, pois não sabia onde estava. Tentava falar mas a voz não saia por causa de um procedimento chamado traqueostomia, o qual foi realizado por causa de uma grave infecção nos pulmões chamada SARA – Síndrome do Aparelho Respiratório Adulto – e da Embolia pulmonar que adquirira nos dias em que esteve em “coma” no CTI.
No décimo dia, acostumados a comunicar-se com a paciente por gestos, os enfermeiros, optaram por trocar a alimentação da paciente, já que a mesma havia sugerido.
Ainda não era claro a situação em que se encontrava, perguntava-se como aquilo poderia ter acontecido com ela, mas sentia-se bem, pois estava viva e cheia de vontade de viver.
Os dias no hospital já estavam se tornando insuportáveis, queria voltar pra casa, ver sua mãe, seu irmão, seus amigos... chorava todos os dias implorando ao médico para ir embora. Acreditava que sairia de lá andando, o no mínimo em uma cadeira de rodas, mas que em breve estaria passeando pelas avenidas de sua cidade com sua singela moto. Mas não foi o que aconteceu. Saiu do hospital em uma maca, retornaria na ambulância, veiculo do qual agora sentia medo, mas era preciso, pelo menos estava indo pra casa.
Para minha surpresa, um enorme cartaz de boas vindas e alguns amigos a esperavam na frente da sua casa, o choro foi inevitável...
A partir desse dia, ela soube que a guerra seria longa, e que as batalhas do dia a dia seriam necessárias para que se tornasse forte o suficiente para enfrentar a vida e todos os obstáculos que ela agora impunha. Muitas dificuldades estavam por vir, mas ela manteria a cabeça erguida e em cada tropeço, levantava e seguia em frente, como faz até hoje. E teve a certeza de essa guerra já era sua.

Meu nome é Larissa, tenho 22 anos e essa é parte da minha história. Assim como eu, espero que você não desista de viver, a vida é bela, mesmo em uma cadeira de rodas. Todos temos obstáculos em nossas vidas, depende de você enfrentá-los ou se deixar vencer. MSN/E-MAIL: larissazarth@yahoo.com.br.

(Publicado também em http://serlesado.blogspot.com/2010/06/historia-de-larissa-zarth.html)