quarta-feira, 6 de abril de 2011

CÉLULAS TRONCO

Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias (LaNCE) da UFRJ, coordenado pelo Dr. Stevens Rehen.

Antes de mais nada, gostaria de deixar claro que em nosso laboratório não realizamos testes clínicos.
Trabalhamos com pesquisa básica e testes em animais, não em humanos. Nosso único contato com os pacientes é através do site, onde fazemos um serviço de informação sobre o que está acontecendo no Brasil e no mundo, mas os ensaios clínicos não são do nosso laboratório.

Os testes com as células-tronco embrionárias para lesão medular já se iniciaram nos EUA e o primeiro paciente recebeu as células em outubro de 2010.

Poderá ver um breve comentário sobre isso em nosso site (http://www.lance-ufrj.org/textos.html).
Os pacientes atendidos serão todos com lesões bem recentes (com no máximo 14 dias) e entre T3 e T10.
Os testes realizados em animais demonstram que, nestes casos, a garantia de melhora é maior.
A responsável é uma empresa particular chamada Geron (http://www.geron.com/) e uma série de hospitais nos EUA estarão atuando nesse processo. Até o momento, apenas um paciente recebeu as células, segundo as informações divulgadas.

Nesse primeiro momento, os testes são para avaliar a segurança do procedimento.
Portanto, assim que isto for verificado, a Geron pretende estender o estudo para pacientes com lesões
cervicais e incompletas, mas não mencionam o tempo de lesão; acredito que seja o mesmo. Somente com o
sucesso destes primeiros testes, é que outros surgirão e casos como o seu (lesões antigas) poderão ser atendidos.

A grande maioria dos estudos atuais são voltados para lesões agudas. Embora isso possa parecer cruel,
tem sua razão de ser. Os tratamentos em teste na atualidade ainda possuem limitações e casos de traumas
recentes são mais fáceis de obter melhora clínica. Isso não quer dizer que pacientes com traumas antigos não
possam vir a ser tratados também. As pesquisas avançam a cada dia de forma a atender mais e mais casos.

Se forem obtidos bons resultados com as lesões agudas, o próximo passo, certamente, será tratar lesões crônicas, mas alguns obstáculos ainda precisam ser vencidos. É preciso, antes, que os pesquisadores descubram como obter os mesmos resultados em casos crônicos.

Quando a primeira linhagem de células-tronco embrionárias foi obtida em 1998, acreditava-se que
levaríamos décadas para começar o primeiro teste clínico, o que aconteceu, de fato, muito antes do esperado.

Embora para os pacientes possa parecer tudo muito lento, as pesquisas têm avançado a uma velocidade enorme.
Mesmo para os pacientes com lesões agudas, não se pensa em cura no momento, mas em uma melhora na qualidade de vida (ex.: poder firmar-se sobre as pernas ou, pelo menos, ter controle sobre a bexiga).
Os reais benefícios ainda são incertos e somente o tempo dirá. Se houver cura, será ótimo, mas não estão criando este tipo de expectativa, já que os estudos são ainda muito recentes.

Existem alguns estudos para lesões crônicas em andamento, mas que utilizam células-tronco adultas.
Um deles acontece na Bahia. Veja no link:

O contato do Professor responsável pela pesquisa é:
Ricardo R. dos Santos, telefone (71) 3281-6455, e-mail: ricardoribeiro@cbtc-hsr.org

Um outro estudo, que infelizmente não ocorre no Brasil, tem uma estratégia parecida.
Também usa o transplante de células da medula óssea na tentativa de recuperar lesões medulares.

Esse teste é desenvolvido em Louisiana, Estados Unidos. Segue o link:


Um novo teste foi recentemente aprovado para lesões crônicas, usando células-tronco neurais.
Os estudos serão de fase I e II, ou seja, para avaliar a segurança e eficácia preliminar em
pacientes com graus variados de paralisia que têm entre três e 12 meses pós-lesão no momento do transplante.

O grupo responsável pelo teste é da Suíça. Segue o link:

É muito importante estar atento aos critérios de inclusão nesses testes clínicos. O tempo e altura da lesão,
idade e algumas condições físicas e de saúde podem ser determinantes para incluir ou excluir o paciente do teste, e cada teste tem critérios próprios.

De qualquer forma, recomendo a você que visite periodicamente o site www.clinicaltrials.gov.
Lá irá encontrar todos os estudos clínicos realizados no mundo para as mais variadas doenças,
quais métodos utilizam, se estão ou não recrutando pacientes e quais os critérios de aceitação.
Poderá manter-se informado acerca dos novos tratamentos que forem surgindo. Como irá perceber,
o conteúdo é todo em inglês. No site, você poderá ver os locais onde são realizados os testes.

A maioria tem sede no exterior, mas alguns possuem convênios com instituições brasileiras.
É necessário olhar caso a caso e verificar quais possuem convênio com instituições nacionais.
Outro site que pode visitar é o http://www.closerlookatstemcells.org/. Da mesma forma que o primeiro,
o conteúdo também é em inglês, mas é um site onde você poderá se informar acerca das células-tronco.

Além disso, no site da Rede Nacional de Terapia Celular (http://www.rntc.org.br/), poderá baixar
o Manual do Paciente sobre Terapias com Células-Tronco. É muito importante que esteja atento ao que é indicado lá.

Se quiser, também pode nos acompanhar no Twitter: @LaNCE_UFRJ ou o Twitter da Rede Nacional
de Terapia Celular (@celtroncoRNTC). Os dois perfis são atualizados periodicamente com informações e
novidades na área de células-tronco.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

III ENCONTRO FISIO ACTION DE LESÃO MEDULAR

Palestras com Camila Lima que fala de seus 12 anos de melhora, com tratamentos no Brasil e Europa, tratamentos de fisioterapia, medicamentos e celula tronco , Cleber Morete C5-6 fala sobre o metodo cubano e sua vida independente, Michele Simoes T4-5 fala de suas melhoras significaticas e treino de marcha e tb de sua carreira de estilista de moda, Yves Carbinatti T7-8 fala de suas melhoras e sua carreira de piloto automobilistico, Kelli Catanzano T11-12 fala de seu treino de marcha e celula tronco na China, ft Enio Kanayama fala sobre Fisioterapia Intensiva na Recuperacao da Lesao Medular e Avancos da Area da Saude na Lesao Medular.




Inscrições atraves de: contato@fisioaction.com.br



Data: Sábado, 9 de abril · 10:00 - 13:00

domingo, 20 de março de 2011

Batalhar sempre!

Minha mãe sempre me ensinou que nunca devemos desistir dos nossos sonhos, podemos sim, mudar nossos metas para alcançá-los, mas jamais desistir...
Há pouco mais de 3 anos venho batalhando pela minha independêcia...
Mas não se trata de uma independência financeira, profissional... Trata-se de uma independêcia das atividades de vida diária. Comer sozinha, passar da cama pra cadeira e vice versa, me vestir sozinha, tomar banho sozinha, enfim... ter uma vida "normal"!
As batalhas foram àrduas, cansativas. Muitas vezes pensei em desistir, mas bastava olhar para tudo o que já havia conquistado, que minhas forças se renovavam de uma maneira surpreendente. Por mais assustador que fosse o inimigo, lá estava eu, pronta para enfrentá-lo.
Tracei novas metas e enfrento barreira por barreira, sem medo...
Hoje trabalho, estudo, vou pra balada com amigos, dou risada, me diverto... luto por meus direitos!

Essa semana, concretizarei mais um de meus projetos, com a ajuda de pessoas, posso dizer aqui, "amigas", que estão me apoiando.




Há um tempo planejava criar uma associação onde, juntos, pudéssemos lutar pelos nossos direitos, cumprindo nossos deveres e mostrar ao mundo que podemos muito mais do que eles imaginam.

Como diria Barack Obama: YES, WE CAN!

Eu digo: YES, WE ALSO CAN!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Óleo de planta ajuda a recuperar movimentos de vítimas de AVC

VIVIANNE PAIXÃO

Direto de Aracaju


O óleo essencial da Alpinia speciosa Schum, planta regional do Nordeste conhecida como 'Bastão do Imperador' e muito utilizada na fabricação de colônias para o candomblé, tem ação relaxante que ajuda na recuperação pacientes com o sistema nervoso lesionado por doença vascular encefálica, lesões de medula, paralisia cerebral, traumatismo crânio-encefálico, esclerose múltipla, entre outras enfermidades que atingem a via nervosa.



A descoberta, feita em Sergipe pela fisioterapeuta Edna Aragão Farias Cândido durante a conclusão do doutorado pela Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio), já gerou patentes nacional e internacional.

Edna Aragão, que desenvolveu pesquisas no Centro de Fisioterapia da Universidade Tiradentes, em Aracaju (SE), avaliou quase mil grupos musculares e acompanhou 75 pacientes. Todos recobraram os movimentos. O caso mais significativo é o do lutador de jiu-jitsu sergipano João Alberto Alves, 31 anos.

Em 2007, Alves sofreu um acidente vascular encefálico após cirurgia para retirada da glândula tireoide. "Eu era independente e, de uma hora para outra, me vi precisando de ajuda para fazer tudo. Foi muito difícil", afirma o lutador que sequer levantava da cama, mas hoje usa o andador com facilidade e faz exercícios físicos.

Em uma situação patológica, por falta de controle do sistema nervoso central, os impulsos nervosos vindos da medula para o músculo ficam acentuados, causando espasticidade (espasmos) e, ao mesmo tempo, paralisia muscular. Em sua tese, a pesquisadora mostrou que o óleo atua nos canais de cálcio, responsáveis pela contração muscular. O excesso de cálcio promove a tensão do músculo. Sua normalização permite que o músculo contraia e relaxe normalmente, o que gera energia para novos movimentos.

Patentes

A pesquisa desenvolvida em Sergipe despertou o interesse da Hebron, fabricante de fitoterápicos com sede em Recife (PE) e relações comerciais em países como Estados Unidos, Cuba, África do Sul, Portugal e Áustria. A empresa cultivou a planta, forneceu matéria-prima para o tratamento dos pacientes sergipanos e financiou equipamentos para a avaliação dos resultados.

Foram investidos cerca de R$ 30 mil que renderam patentes nacional e internacional à empresa pernambucana e ao Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), centro de laboratórios instalado em Aracaju, onde Edna Aragão realizou os estudos sobre a ação da Alpinia.

O próximo passo da Hebron e do ITP é conseguir autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para industrializar e comercializar o óleo essencial. A expectativa é que isso aconteça em 2012.





sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Taxol reduz entraves regeneração celular após lesão medular: Cientistas

Bradke Frank e sua equipe do Instituto Max Planck de Neurobiologia em Martinsried estudar os mecanismos dentro das células nervosas do SNC responsável por parar o seu crescimento: "Nós tentamos provocar as células a ignorar os sinais de parada para que eles crescerem." Para esta tarefa, o neurobiólogo concentraram-se em estudar o papel dos microtúbulos. Estes tubos de proteína têm um arranjo paralelo na ponta do crescimento de células nervosas, estabilizar as células e ativa empurrando o fim célula para frente. Este arranjo é perdido em células lesadas do SNC. Então, como pode a ordem dos microtúbulos ser mantidos ou restabelecidos, nessas células? E uma vez que as células começam a crescer, como eles podem vencer a barreira do tecido da cicatriz? Junto com seus colegas dos Estados Unidos e nos Países Baixos, os cientistas Max Planck já encontrou uma solução comum para ambos os problemas.



Novo pedido de uma droga criada


Taxol, o nome comercial de um medicamento usado atualmente para tratamento de câncer, tem sido mostrado agora para promover a regeneração das células nervosas do SNC lesada. O relatório de cientistas na edição online da revista Science que o Taxol promove a regeneração das células nervosas no SNC feridos em duas formas: Taxol estabiliza os microtúbulos, para que sua ordem seja mantida e as células do nervo lesado recuperar a sua capacidade de crescer. Além disso, o Taxol impede a produção de uma substância inibidora no tecido cicatricial. O tecido de cicatrização, embora reduzida por Taxol, vai continuar a desenvolver no local da lesão e pode assim realizar sua função protetora. No entanto, as células nervosas em crescimento estão agora em melhores condições de atravessar essa barreira. "Isso é literalmente um pequeno avanço", diz Bradke.


Experimentos em ratos, realizado por este grupo verificou os efeitos de Taxol. Esses pesquisadores forneceram o local da lesão após uma lesão da medula espinal com parciais Taxol através de uma bomba em miniatura. Depois de poucas semanas, os animais apresentaram uma melhora significativa em seus movimentos. "Até agora, testou os efeitos do Taxol imediatamente após uma lesão", explica Farida Helal, o primeiro autor do estudo. "O próximo passo é investigar se Taxol é tão eficaz quando aplicada em uma cicatriz já existente há vários meses após a lesão."


Cauteloso esperança


O fato de uma droga clinicamente aprovado representa esses efeitos tem uma série de vantagens. Muito já se sabe sobre sua interação com o corpo humano. Além disso, o Taxol pode ser aplicado diretamente no local da lesão para o tratamento de lesões da medula espinhal ea quantidade necessária é muito inferior ao que é usado na terapia do câncer. Isso deve reduzir os efeitos colaterais. "Ainda estamos no estado da investigação básica e uma variedade de obstáculos permanecem - e, eventualmente, os ensaios pré-clínicos que precisam ser feitas", adverte Bradke. "No entanto, acredito que estamos em um caminho muito promissor."

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

DIREITOS HUMANOS...

Qualquer indivíduo tem direitos inerentes à sua condição humana, devendo restar respeitada sua dignidade e garantida a chance de adolescer seu potencial de forma patente, independente e cabal.

A principiologia histórica dos Direitos Humanos é pautada na afirmação do respeito mútuo, bem como, na persecução da paz. Paz esta, em qualquer conjuntura, sempre possui seus fundamentos na justeza, na equidade e no alvedrio.

Os brasileiros – especialmente os setores populares organizados – acharam na dicção dos Direitos Humanos uma substância basilar de seus entraves em distintos aspectos. Também, na oposição à ditadura. Agora, para estabelecer a concretização de relações sociais igualitárias e justas.

É sob o abalo ativo desses movimentos que os Direitos Humanos se fortalecem, içando como estandarte a democratização perene do Estado e da azada sociedade. É deles, ainda, que o Estado vem achegando crescentemente demandas e reivindicações para agrupar a sua atuação programática nas diversas políticas públicas.

A importância e a anexação dos Direitos Humanos no ordenamento sócio-político-jurídico brasileiro decorrem de um processo de usurpas históricas, que se consolidaram na Constituição de 1988. Desde então, progressos institucionais vão se acastelando e principia o surgir um Brasil mais perfeito, ao mesmo passo em que o dia-a-dia nacional ainda é açambarcado por abusos enfastiosos desses mesmos direitos.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 10 de dezembro de 1948, firmou os embasamentos de uma nova coexistência humana, apostando inumar o aborrecimento e os medos do nazismo, do holocausto, do desmedido massacre que ocasionou 50 milhões de existências humanas em seis anos de peleja. Os múltiplos pactos, tratados e convenções universais que a ela advieram erigiram, lentamente, um esboço mundial para amparo dos Direitos Humanos.

Em 1993, a sociedade internacional modernizou a concepção sobre os subsídios básicos desses instrumentos na Conferência de Viena, da ONU, fortalecendo os exorados da interdependência, universalidade e indivisibilidade. Universalidade institui que a qualidade de existir como ser humano é condição única para a titularidade desses direitos. Indivisibilidade sugere que os direitos econômico-sociais e culturais são condição para a observância dos direitos civis e políticos, e às avessas. O conjugado dos Direitos Humanos completa uma coesão indivisível, interdependente e inter-relacionada. Consecutivamente um direito é transgredido, abri à força a integração e todos os demais direitos são afetados.

A Conferência de Viena igualmente arrimou ajuste sobre a seriedade de que os Direitos Humanos adviessem a ser substância programática da atuação dos Estados nacionais. Destarte, aconselhou que os países legislassem e programassem Planos Nacionais de Direitos Humanos.

Redemocratizado, o Estado brasileiro corroborou os basilares aparatos internacionais de Direitos Humanos, volvendo-os componente do ordenamento nacional. Isso denota que, em termos jurídicos e políticos, eles se compõem em requisição de acatamento a suas consignações pelo país.

A Carta Constitucional insere em meio aos alicerces do Estado brasileiro a cidadania e a excelência da pessoa humana, instituindo como desígnio primordial a edificação de uma sociedade aberta, equitativa e solidária, afora de empenhar-se com o alargamento nacional, a desarraigamento da miséria, arrefecimento das disparidades sociais e regionais e a ascensão do bem-estar de aglomerados, sem convencionalismos ou discriminação de alguma monta. E coage o país a conduzir suas relações internacionais pela prevalência dos Direitos Humanos.

Autor: Fábio Holanda